segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Os animais podem ter sentimentos mais complexos que os humanos, diz pesquisador.

Se você convive com um bichinho de estimação, sabe que, de alguma forma, eles percebem quando os humanos estão tristes ou felizes. Mas esse tipo de comportamento não se restringe aos gatos e cachorros: estudos mostram que os cavalos conseguem entender algumas emoções dos humanos e que os corvos conseguem "ler os pensamentos" de outros animais da espécie - coisa que até então se acreditava que só os humanos eram capazes de fazer.

Essa crença fez com que a pesquisa relacionada aos sentimentos dos animais ficasse estagnada. Ao supor que determinadas emoções eram restritas aos humanos, os cientistas deixaram de fazer perguntas (e, consequentemente, pesquisas) relevantes sobre como são os sentimentos no mundo animal.

Carl Safina, professor da Universidade de Stony Brook, nos Estados Unidos, foi contra a corrente e começou a levantar questionamentos sobre o assunto. As perguntas o levaram a realizar uma pesquisa que, por sua vez, resultou no livro Beyond Words: What Animals Think and Feel, lançado em julho de 2015. 



"Acho importante sabermos com quem estamos na Terra. Nós discutimos a conservação de animais em números, mas eles não são só números", disse o pesquisador em entrevista à National Geographic. "Tenho observado animais durante toda a minha vida e sempre fico impressionado com as semelhanças entre eles e os humanos."

O professor acredita que o debate em relação à possibilidade de os animais terem sentimentos ou não nem deveria existir. "Se você observar mamíferos ou até mesmo aves, verá como eles respondem ao mundo. Eles brincam. Eles ficam com medo quando estão em perigo, relaxam quando as coisas estão bem", diz. "Não parece lógico pensar que os animais não estejam experenciando emoções como o medo e a o amor."

Quando os elefantes asiáticos veem outro animal da espécie bem agitado, tendem a tocá-lo até ficar mais tranquilo. "É uma espécie de 'shh, está tudo bem', muito parecido com o que os humanos adultos fariam para tranquilizar um bebê", explica o cientista Joshua Plotnik em entrevista ao Discovery.

Fonte: revistagalileu.globo.com

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